sábado, 31 de maio de 2008

THE GARDEN OF LIVE FLOWERS (Alice:Through the Looking Glass)

(…) This time she came upon a large flower-bed, with a border of daisies.
- “Oh Tiger-lily” - said Alice, addressing herself to one that was waving gracefully about in the wind – “I wish you could talk!
- “We can talk” - said the Tiger-lily – “when there's anybody worth talking to."
Alice was so astonished that she could not speak for a minute: it quite seemed to take her breath away. At length, as the Tiger-lily only went on waving about, she spoke again, in a timid voice, almost in a whisper:
– “And can all the flowers talk?”
- “As well as you can” - said the Tiger-lily. (…)

(…) Alice estava agora sobre a relva verde de um canteiro, cercada de lírios e margaridas.
- “Oh Lírio-tigrino” - falou Alice, dirigindo-se a uma flor situada mais no meio do canteiro, que se sobressaía às margaridas e balouçava graciosamente no vento. – “Eu queria tanto que pudesses falar!
- “Mas eu falo” - disse o Lírio-trigrino. – “Todas as flores podem falar, desde que haja alguma pessoa com quem valha a pena conversar”.
Alice ficou tão surpreendida que, por um minuto, não conseguiu pronunciar uma só palavra. Parecia que tinha corrido muito e ficado sem fôlego. Finalmente ao perceber que o Lírio-tigrino apenas continuava a balançar gentilmente na brisa, sem dizer mais nada, ela falou de novo, com a voz cheia de timidez, quase num sussurro:
- “Todas as flores sabem falar?”
- “Tão bem como tu” - disse o Lírio-tigrino. (...)

Lewis Caroll, Through the Looking Glass / O Outro Lado do Espelho

4 comentários:

Sérgio J. F. Matos disse...

Antes de mais, um pedido de desculpas por demorar mais de uma semana a escrever este simples comentário... mas certos projectos conseguem sugar-nos o pouco tempo que o dia nos dispõem...

Em relação à ilustração...: Magnífica!
Mais uma grande imagem dentro da temática das aventuras de Alice – desta vez do segundo livro – talvez por isso uma personagem aparentemente mais adulta que aquela representada nas primeiras imagens...
É um momento muito bonito – se bem me recordo, no princípio do livro – onde mais uma vez o extraordinário acontece... neste caso flores começam a falar como se tal fosse habitual e completamente normal...
As cores estão excelentes, e todo o enquadramento em profundidade dá-lhe um dinamismo muito interessante.
Por favor, continua esta via inspirada...

S.

P.s. Apenas uma dúvida em relação à escala das flores... não me recordo correctamente, mas julgo que estas tinham o seu tamanho normal... mas é perfeitamente aceitável que seja uma liberdade artística propositada, ou até uma metáfora visual...

Francisco Martins disse...

Olá Optimista!

Sim tens razão, a escala das flores neste capítudo de Through the Looking Glass, não era desporporcional. Mas como no mundo da Alice nada obedece a regras rígidas, decidi exagerar a escala das flores, como acontece com tantas outras coisas no país das maravilhas. Além disso, recordo-me que no filme da Disney que vi há muitos anos, as flores eram maiores que ela. Havia uns desenhos animados de que gostava muito em pequeno onde este capítulo era retratado da mesma forma que no filme. talvez isso me tenha influenciado.

Obrigado pelo comentário!

Francisco Martins

zedapaz disse...

Desculpa Francisco ...
Mas é totalmente inadmissível.
Entao com é possivel alterar a escala das flores da Alice.

É incrivel esta falta de respeito.
Devias ter vergonha.... :)



bahhhhhhhhhhh....
Emanuel uma gotinha nao te fazia mal nenhum.

Francisco Martins disse...

Shô Emanuel, Shô Emanuel...uma gotinha não...era mais 2 ou 3!

Vergonha...vergonha é coisa que não conheço, na verdade não passo de um desavergonhado. Quanto ao respeito...olhe, respeito menos ainda.

Diga-me...por acaso nao viu por aí o Humpty Dumpty? Last time I heard, alguém o viu desiquilibrar-se e cair do muro abaixo, estatelando-se no chão, numa explosão de gemas e miolos...jazendo dramáticamente esborrachado no solo. Mas quem sabe? Vai na volta era boato!

Que a PAZ esteja consigo!