domingo, 20 de julho de 2008

IN THE HEART OF IGARASSU

The indigenous natives of Igarassu believed that, in the heart of the brazilian jungle, strange things could happen…things that no white man would understand. At night, as they gather around the fire, they would tell odd stories about ancient walking trees that many of them had seen dancing in the moonlight…as if they had awaken from a long sleep (...)

O povo indígena de Igarassu acreditava que, no coração da selva brasileira, estranhas coisas podiam acontecer…coisas que nenhum homem branco poderia compreender. De noite, quando se reuniam à volta do fogo, contavam histórias bizarras que falavam de árvores antigas que muitos deles juravam ter visto dançar à luz do luar…como se tivessem despertado de um sono profundo (...)

6 comentários:

Ana de Amsterdam disse...

Eu já lá estive e vi...vi de perto árvores muito sábias, que me deram conselhos tão importantes...com elas aprendi o que de melhor sei.

Aprendi a viver na solidão da selva, porque aprendi como vê-las esplendorosas de dia e de noite...que saudade dos longos abraços oferecidos a estas sábias, como retribuiam bem os carinhos que lhes oferecia. Ensinaram-me a conviver com os bichos e a ouvi-los, ensinaram-me tanto, tanto...sem dúvida que o melhor da minha essência me foi cedido por elas.

E agora que estou aqui, numa babilónia absurda e caótica...sinto tanto a falta do contacto profundo com os seres da selva, que saudade da energia que eles me emprestavam...

Que saudade...

Sérgio J. F. Matos disse...

Antes de mais uma pequena correcção da minha parte...
Realmente, quando afirmei que devido à coincidência do tema da tua ilustração com a escultura do João, te poderias ter inspirado nela, não me ocorreu o facto de que já tinhas utilizado esse tema em outras obras, muitas delas presentes no blog... como no grande políptico “4 Seasons in Axis Mundi”...
Perdão pela incorrecção, que nem a distracção ou esquecimento perdoa...

Em relação a esta ilustração...: Magnifica!
Um par perfeito para a anterior (ou não)... duas consciências autónomas e distintas...
Adorei a pequena particularidade de uma dríade masculina Brasileira... com tucanos e tudo!
Muito engraçado...

E a sua pose, mais robusta que a ilustração anterior (que pautava grande sensualidade por múltiplas curvas e pontos fugidios) denota a atitude masculina centrada na solidez e firmeza... se bem que permeável a uma comum sensibilidade, que invariavelmente une o homem à natureza...
Muito interessante...

S.

Francisco Martins disse...

Como te compreendo Dona Amsterdam! haverá lugares mais mágicos do que a selva, um bosque ou uma floresta? locais como esses, que fervilham com intermináveis formas de vida, por vezes nos sítios mais improváveis, são autenticos caleidoscópios para uma sabedoria ancestral que magnifica o divino num elevado hino à sua glória.
Um dia podemos fugir para a floresta...o que é que dizes?

Olá Optimista!
Mais uma vez agradeço o comentário. Para quando um novo post no temos tempo?

Ana de Amsterdam disse...

Digo, Já!

Anónimo disse...

É curioso...desde miúda sempre me identifiquei com o mar....por motivos que julgo não assumirem qualquer pertinência neste comentário....todavia sempre estive em contacto com florestas...sempre admirei a imponência das suas frondosas árvores...sempre que me dá na cabeça dou comigo a abraçar um tronco...um exercicio em que sinto a sua energia a entrar no meu corpo....sempre me quis perder em lugares misticos onde fosse acolhida por tão ternos abraços...nos momentos em que me sinti perdida e carente de orientação, sonhei várias vezes que me encontrava numa clareira e aí obtinha o avisado conselho bem como o conforto que noutro local não encontraria....talvez sejam remanescências da minha infância....em que me sentia extremamente confortável ao caminhar por florestas...a paz....apenas a encontro nesses dois locais: junto ao mar e numa floresta....talvez por isso me indigne tanto o que o ser humano faz às suas florestas...o desrespeito por seres vivos que nos oferecem o seu melhor....para receberem em troco a destruição.... :(

Estela

Francisco Martins disse...

Deus em toda a sua infinita sabedoria, quando criou o Universo - e com ele a Terra, moldando-os a partir do nada, foi grandiosamente generoso. A paleta cromática poder-se-ia ter resumido a duas ou três cores enfadonhas, no entanto encheu-nos o olhar com miríades de cores e tons diferentes. Os alimentos podiam saber todos à mesma coisa...não obstante, deliciou-nos o paladar e o olefacto com infinitos aromas e sabores distintos. Deleitou-nos os sentidos com uma mestria e dedicação tal, que só o amor incondicional justifica. Estendeu os rolos dos céus, forjou os alicerces da terra que nos dá o alimento e nos fornece as plantas medicinais de que necessitamos. Criou o mar como espelho do céu, e num lampejo divino de inspiração inventou as florestas. Quem pode ficar indiferente ao por do sol, ou a uma noite enluarada?

É muito triste que todas estas provas do amor mais grandioso que alguma vez existiu, nos passem ao lado todos os dias...Que um por do sol no final das contas nos pareça apenas mais um, e não o magnifiquemos diáriamente como uma obra individual com o seu próprio valor. É lamentavel que o homem viva para destruir precisamente aquilo que lhe foi oferecido para guardar e proteger.
Mas afinal já dizem os Keane: “Baby I’m a man, I was born to hate”.

Mas nem sempre foi assim...